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Comércio mostra força na arrancada do ano, mas alta nos preços sinaliza desafios nos próximos meses

Comércio mostra força na arrancada do ano, mas alta nos preços sinaliza desafios nos próximos meses

O comércio varejista gaúcho abriu o ano de 2024 demonstrando muita resiliência e apontando um momento de robustez da economia, tanto em nível estadual quanto nacional. No Rio Grande do Sul, este aquecimento é resultado da busca pelo consumidor gaúcho por produtos considerados básicos para as famílias. Não à toa, os números de janeiro de 2024 do Panorama do Comércio do RS, organizado pela Federação Varejista do Rio Grande do Sul, apontam que o consumo em hipermercados e supermercados, com variação de 11,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, e no setor atacadista de bebidas e alimentos, no qual a variação foi de 10,6% - ambos bastante superiores aos números nacionais - foram os que apresentaram maior variação positiva na análise por segmentos do varejo.

No comparativo com dezembro, as vendas de todo o varejo tiveram variação positiva de 3,7% no Estado, mesmo percentual de variação quando considerado o varejo ampliado. No acumulado do ano, a variação é ainda mais positiva, de 4,5% e 5%, respectivamente. No cenário nacional, a variação só é maior do que a gaúcha quando considerado o varejo ampliado acumulado no ano, que chegou a 6,8%. Em todos os casos, os números permitem concluir que houve solidez no varejo no primeiro mês de 2024.

Da mesma forma, o setor de serviços teve variação moderada, mas positiva, no Estado em janeiro, ampliando em 2,4% no comparativo com o mesmo período do ano passado. No país, este movimento foi mais concreto, chegando a 4,5%.

Mas o cenário para os próximos meses sugere cautela, e pode pesar sobre o orçamento das famílias. É que, mesmo que o ritmo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tenha crescido, no acumulado do ano, de forma menos acelerada em Porto Alegre (0,6%) do que no país (1,25%), são justamente os produtos que mais impulsionam o consumo dos gaúchos que apontam maior pressão sobre os preços. O setor de Transportes, que impacta tanto nos serviços logísticos para as empresas quanto no consumidor final, representou 21% da variação de preços, e é acompanhado justamente pelo setor de Alimentação e Bebidas, que pesaram 21,3% no índice de inflação mês a mês, já em fevereiro.

Os dados de inadimplência, por exemplo, apontam, já em fevereiro de 2024, uma leve alta no Rio Grande do Sul em relação ao mês anterior. E 23% dos endividados estão na faixa entre os 30 e 39 anos.

O primeiro mês do ano manteve também a tendência já observada em 2023 de crescimento no volume de empregos formais, mas no Rio Grande do Sul, com menor intensidade do que no restante do país. O saldo de vagas no Estado foi de 20,8 mil vagas. Os dados do Caged apontam para a necessidade de maior atenção ao setor do comércio na sequência do ano, e a necessidade de estratégias voltadas a este segmento, especialmente no Rio Grande do Sul, já que o comércio apresentou, em janeiro, saldo negativo de mais de 2 mil postos de trabalho formal.

“Juntamente com outras entidades, estamos mostrando a força da nossa atuação. Esse crescimento na alta dos preços nos preocupa, pois outros setores da economia também serão atingidos pelo aumento de tributos. É uma batalha dura, mas agradecemos a todos que se posicionaram junto com a gente. No entanto, aproveito para pedir que sigam engajados, ainda mais neste momento em que o governador adiou o início da vigência dos decretos de corte de incentivos fiscais por 30 dias. Vamos seguir acompanhando. Empresários, estamos junto com vocês”, relata o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo (CDL-NH), Leonardo Lessa.

“Esse é um sinal de alerta que não pode ser ignorado e que corrobora a preocupação da nossa entidade, entre outras, com relação às medidas que estão sendo propostas pelo Governo do Estado, com aumento de impostos e cortes de benefícios fiscais. Se esse tipo de medida efetivamente entrar em vigor, daqui para frente veremos números cada vez piores. Não queremos ser alarmistas, e sim realistas para as consequências, de modo que as propostas do Governo possam ser pausadas e revisadas em tempo e sem mais danos para a sociedade gaúcha”, explica o presidente da Federação Varejista do RS, Ivonei Pioner.

Os indicadores que apontam a necessidade de superar desafios na sequência do ano são reforçados pela indústria, que teve retração na produção gaúcha de 4,5% em relação a janeiro do ano passado, ao contrário da alta na produção industrial nacional.

Fonte: Federação Varejista do RS



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