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O que significa o tempo para você? Uma pergunta com muitas respostas, tantas quanto as formas de viver, sentir e registrar a passagem dos dias. Para refletir sobre esse tema universal, os arquitetos Airton Cattani e Ana Cattani criaram a exposição T E M P O, reunindo 101 fotografias de mãos de pessoas de 0 a 100 anos. A abertura ocorreu na noite desta quinta-feira (9), na Casa CDL.
“Nas imagens de mãos, toda uma
vida, da vida que inicia à vida que finda, passando por seus múltiplos meios”,
define a curadora Maristela Salvatori. A proposta, explicam os autores, é
justamente traçar essa trajetória da existência, do recém-nascido à aproximação
da finitude. As mãos, anônimas e identificadas apenas por iniciais e idades,
revelam gestos, histórias e marcas singulares: unhas pintadas, anéis,
pulseiras, tatuagens, cicatrizes. Detalhes que expõem, na superfície da pele, o
tempo que nos habita.
“Esta sucessão de
acontecimentos que chamamos tempo pode ser percebida de inúmeras maneiras:
pelas folhas que caem, pelas nuvens que passam, pelos rios que correm. Mas as
marcas da passagem do tempo também podem estar muito próximas, em nosso próprio
corpo”, reflete Airton Cattani.
Para Ana Cattani, o olhar é
direto e sem filtros: “É uma exposição com fotos, não de fotos. Não há edição,
não há aprimoramento. Fotografamos as duas mãos e escolhemos a mais adequada”.
O diretor de Cultura da Câmara
de Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo (CDL-NH), Rodrigo Duarte, celebrou a
abertura da mostra, a primeira após o tombamento da Casa CDL, destacando o
simbolismo do momento: “É uma honra receber uma exposição tão significativa,
que une sensibilidade e reflexão, e reforça o papel da Casa como espaço de arte
e memória”. O presidente da CDL-NH, Leonardo Lessa, também marcou presença. Airton
Cattani agradeceu a oportunidade de expor na Casa CDL, destacando a importância
do espaço para a cultura e a memória da cidade.
A exposição está aberta à visitação na Casa CDL até 6 de novembro, com entrada gratuita.