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Museu de Arte do RS implementa plano de recuperação de danos causados pela enchente

Museu de Arte do RS implementa plano de recuperação de danos causados pela enchente

Durante o mês de maio, as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul fizeram as vítimas deixar de lado bens materiais e tentar resgatar sua memória, ou seja, buscar seus pertences que carregam histórias e afeto. Sofá, televisão ou mesa não eram importantes naquele momento quanto às fotos ou qualquer outro tipo de recordação especial. A boa notícia é que tem como recuperar. No município de Porto Alegre, por exemplo, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), instituição vinculada à Secretaria da Cultura (Sedac), está em processo de recuperação de danos causados pela tragédia. Entre as ações, estão o resgate e o salvamento de obras, patrimônio e documentos afetados pela água e pela umidade e o restabelecimento das redes elétrica, hidráulica e do sistema de climatização.

É hora de reconstruir

O térreo do prédio foi inundado em até 2 metros, atingindo parte das redes elétrica, hidráulica, lógica e do sistema de climatização, que neste momento estão sendo objeto de medidas para o seu restabelecimento, envolvendo perícias e laudos necessários para o projeto de reforma e a etapa seguinte de execução das obras e consertos. Ao mesmo tempo, o andar está passando por uma profunda limpeza, envolvendo a sanitização do ambiente. Por ser um prédio histórico tombado, a complexidade é maior para a realização de todos esses trabalhos, devendo envolver os próximos meses.

Na inundação, foram perdidos computadores e equipamentos, além do mobiliário administrativo, do mobiliário expositivo armazenado e do estoque de catálogos. “Obras de arte comprometidas pela altura da água ou umidade — a maioria parte do segmento do acervo em papel (gravuras, fotografias e desenhos) — foram desumidificadas e estabilizadas para procedimentos de limpeza e restauração. Já a documentação administrativa comprometida passou pelo procedimento de congelamento para posterior limpeza e estabilização”, explicou o diretor-curador do Margs, Francisco Dalcol.

Solidariedade em prol da cultura

O início de todos esses reparos é financiado por patrocínio de R$ 5,6 milhões do Banrisul, que já era patrocinador do Margs, além de recursos do Estado por meio da Secretaria de Estado da Cultura, doações e apoios que o Museu vem recebendo em solidariedade.

Ao longo de todo o processo de restabelecimento da instituição, o prédio passará ainda por uma profunda reorganização interna de seus espaços, que envolverá realocação das atividades e funções que ocorriam no térreo. Um exemplo é a antiga reserva técnica desse pavimento, que será transferida para os andares superiores, onde já funcionam as demais 3 reservas técnicas do Museu. Em razão da extensão dos trabalhos e melhorias, ainda não há previsão de reabertura ao público visitante.

O plano de recuperação de danos está sendo coordenado pela conservadora e restauradora do Departamento de Conservação e Memória do Patrimônio Cultural do Complexo do Palácio Piratini, Isis Fófano Gama, com supervisão de Naida Corrêa, restauradora e conservadora que atuou por 24 anos no Margs. A equipe é formada por funcionários do museu, do Palácio Piratini, colaboradores da Sedac e externos.

Professores e alunos do curso de Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e integrantes da Associação para a Preservação do Patrimônio das Américas (APOYOnline) também auxiliam nos trabalhos.

Fonte: Margs



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