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Varejo gaúcho fecha 2025 em alta e se prepara para ajustes em 2026

Varejo gaúcho fecha 2025 em alta e se prepara para ajustes em 2026

O comércio varejista do Rio Grande do Sul deve encerrar 2025 mantendo desempenho próximo ao registrado em 2024, considerado um dos melhores anos desde a pandemia. A constatação vem de um estudo da Federação Varejista do RS, apresentado nesta quarta-feira (3), no Espaço Avel, em Porto Alegre.

Entre janeiro e setembro, o comércio varejista registrou crescimento de 7,2%, ligeiramente abaixo dos 7,5% de 2024. Já o varejo ampliado, que inclui vendas de veículos e material de construção, fechou o período com alta de 5,4%, abaixo do resultado do ano anterior (7,9%). Segundo o presidente da Federação, Ivonei Pioner, a sazonalidade é um fator determinante, com picos em janeiro e quedas em meses como junho.

O levantamento identificou forte volatilidade em setores específicos. Equipamentos de escritório, informática e comunicação, que registraram alta de 19% em 2024, tiveram retração de 15,7% neste ano. Por outro lado, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,9%), tecidos, vestuário e calçados (5,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,6%) apresentaram crescimento. Hipermercados, supermercados e material de construção também tiveram resultados positivos, com altas de até 4,1%.

Apesar do cenário favorável, a inadimplência voltou a crescer após retração em 2024, alcançando 10,7% em outubro, reflexo de acontecimentos climáticos, como enchentes, que obrigaram a população a recomprar bens. O maior número de devedores concentra-se em dívidas de até R$ 500, mas há índices relevantes em faixas superiores a R$ 1 mil, sendo que bancos concentram 30,6% das dívidas e o comércio 18,6%.

No contexto econômico geral, a indústria cresceu 2,4% até o terceiro trimestre, enquanto os serviços recuaram 4%. A taxa de desemprego no Estado caiu para 4,1%, abaixo da média nacional de 5,6%, e a renda real média do gaúcho subiu para R$ 3.875, acima da média brasileira de R$ 3.507.

Para 2026, Pioner projeta crescimento moderado, em torno de 1,7% a 2,4% do PIB, impactado por eleições gerais, início da fase prática da Reforma Tributária, juros altos e desaceleração da indústria. “O ano se desenha como um período de ajustes e cautela, exigindo das empresas capacidade de adaptação rápida e leitura constante do ambiente econômico”, ressalta.

O estudo da Federação reforça que, mesmo diante de desafios, o varejo gaúcho conta com informações confiáveis e projeções detalhadas, fundamentais para orientar decisões estratégicas e planejar o crescimento das empresas em 2026.



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